Crianças

Com base no princípio de que a criança deve ser respeitada em sua capacidade de viver e expressar seus desejos, desenvolvo meu trabalho voltado ao público infantil. Muitas pessoas me perguntam se é possível realizar atendimentos infantis dentro da abordagem psicanalítica, e a resposta é, sem dúvida, sim. A criança, sendo um sujeito em constante desenvolvimento, merece um espaço onde possa expressar suas angústias, medos, fantasias e fragilidades. Esse ambiente de acolhimento é fundamental para seu crescimento emocional, impactando também seu desenvolvimento cognitivo e psicossocial.
Durante a primeira infância (do nascimento até os 3 anos), observa-se a rápida evolução das capacidades de aprendizado, memória e compreensão da linguagem. Nesta fase, os vínculos afetivos com os pais e outras figuras importantes são formados, e a criança começa a mostrar interesse em interagir com outras crianças.
Na segunda infância (dos 3 aos 6 anos), o pensamento da criança é mais egocêntrico e, devido à imaturidade cognitiva, muitas de suas ideias sobre o mundo podem parecer ilógicas. Nesse período, há um aumento da independência, da iniciativa e do autocontrole. A identidade de gênero começa a se desenvolver, e o brincar se torna mais imaginativo, elaborado e frequentemente mais social.
Já na terceira infância (dos 6 aos 11 anos), o egocentrismo diminui, e as habilidades de memória e linguagem se expandem. O autoconceito da criança se torna mais complexo, o que pode afetar sua autoestima, enquanto as relações com os colegas ganham importância crucial.

