Idosos

A população acima dos 65 anos, em grande parte, desfruta de boa saúde e se mantém ativa, graças aos avanços na medicina e aos recursos que promovem uma melhor qualidade de vida. No entanto, para alguns, pode ocorrer um declínio na saúde e nas capacidades físicas. A aposentadoria traz consigo novas possibilidades, permitindo que as pessoas usem seu tempo de maneira que, talvez, tenham planejado ao longo da vida. Nesse período, observa-se o desenvolvimento de estratégias mais flexíveis para lidar com possíveis perdas, ao mesmo tempo em que surge uma maior reflexão sobre a finitude da vida.
Com a redução das atividades profissionais e a saída dos filhos de casa para formarem suas próprias famílias, alguns idosos podem sentir desmotivação, irritabilidade, baixa autoestima e uma sensação de inutilidade. Esses sentimentos podem resultar em uma diminuição do prazer pela vida e em um rebaixamento do humor, levando muitos a buscarem afeto e atenção de sua rede de apoio, seja ela composta por familiares ou amigos próximos.
A psicanálise contribui significativamente para a melhora desses quadros. Ao oferecer um espaço de escuta e reflexão, ela permite que o idoso revisite sua história de vida, explore sentimentos reprimidos e compreenda melhor os significados inconscientes de suas angústias. Através da análise, é possível ressignificar experiências passadas, redescobrir o valor pessoal além do papel produtivo e lidar com questões de perda, envelhecimento e finitude de maneira mais saudável. Além disso, a psicanálise ajuda a fortalecer o ego, favorecendo a adaptação emocional às mudanças inevitáveis nos papéis sociais e familiares. Esse processo terapêutico proporciona uma nova perspectiva sobre a vida, promovendo maior bem-estar emocional e aceitação das transformações naturais dessa fase.

