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A Importância do Brincar para o Desenvolvimento Infantil


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Entre muitas espécies de animais, o brincar é uma prática para as habilidades necessárias na idade adulta. Como o modo de brincar das crianças as prepara para a vida adulta? Que habilidades sociais estão sendo praticadas?

O brincar é importante para o momento e a longo prazo, segundo Bjorklund e Pellegrini (2002), P.K. Smith, (2005b). Para o desenvolvimento saudável do corpo e do cérebro, o brincar permite que as crianças se envolvam com o mundo à sua volta, usem sua imaginação, descubram formas flexíveis de usar objetos e solucionar problemas e uma preparação para os papéis adultos. O brincar contribui para todos os domínios do desenvolvimento. As crianças estimulam os sentidos, exercitam os músculos, coordenam a visão com o movimento, obtém domínios sobre seus corpos, tomam decisões e adquirem novas habilidades. Por exemplo, ao separar blocos de diferentes formatos e os contando fazendo comparações, já está lançando as bases para os conceitos matemáticos. Enquanto ajudam para construir castelos de areia ou túneis na praia, estão aprendendo habilidades de negociação e resolução de conflitos. Apontado também pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (1989), como algo de extrema importância, o brincar passa a ser reconhecido como um direito de toda a criança.

Alguns pais deixam seus filhos a pequenos vídeos e brinquedos com orientação pedagógica. Essas atividades podem ou não ser valiosas em si, mas nada melhor como o brincar de forma livre e criativa. Vale a reflexão: Que tempo de brincar estamos propondo às nossas crianças? Que espaço de brincar estamos oferecendo a elas? Winnicott (1975) diz que “O brincar é por si só uma terapia”. Através do brincar que as crianças elaboram os seus conflitos, assimilam a realidade e desenvolvem o relacionamento interpessoal. Devido a isso é muito preocupante quando nos deparamos com crianças que não brincam. Esse é um alerta para pais, educadores e aquele que está ao redor dela.

De acordo com Winnicott (1975) em um primeiro momento o bebê brinca com a sua mãe, como se ela fosse parte do seu próprio corpo, após esse período, ele começa a brincar consigo mesmo, com as partes do seu corpo e em seguida com os objetos que escolhe para si (cheirinhos, bicos, bichinhos, entre outros). Esses objetos, os transicionais, são colocados na zona intermediária, onde ocorre a separação entre a mãe e o bebê, auxiliando a tolerar a angústia de separação e a ausência materna. É nesse processo de brincar que a personalidade da criança vai se construindo, bem como suas estratégias de enfrentamento e solução de problemas. Nesse processo, segundo alguns autores se encontra a origem da criatividade. As crianças, através do lúdico, buscam prazer, expressam agressividade, controlam a ansiedade, estabelece sociabilidade e realizam a integração da personalidade. Os adultos podem contribuir com as brincadeiras, porém deve manter a iniciativa da criança.

Nos mais variados campos das ciências e práticas sociais, o brinquedo foi objeto de apreciação de diversos estudiosos.

Pela recreação, a criança comunica-se consigo mesma e se sensibiliza com o mundo externo, representando papeis que por ela foram internalizados. Pelas brincadeiras, o raciocínio é estimulado, dessa forma pode haver a ampliação do seu vocabulário, adquirindo novos conhecimentos e maneira de ser, pensar e agir, socializando-se com os outros. O ato de brincar é a expressão natural da criança em seu estado pleno e total, no “aqui e agora”, demonstrando pelas expressões seus valores morais, culturais, autoimagem, autoestima, autoconhecimento, o coleguismo, conduzindo a imaginação, criatividade e uma série de vantagens que rirão percorrer ao longo de sua vida. A criança que brinca geralmente expressa o seu mundo interno, levará a um processo de troca, partilha, conflitos, tendo como resultado oscilações de humor, estabelecendo uma elaboração de conquistas individuais e grupais. Toda criança deve ter acesso ao brincar e espaço para criar suas fantasias e imaginação, sendo respeitada em seu mundo fantástico de encarar a vida, sendo ela boa ou não.


 
 
 

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